quarta-feira, 9 de outubro de 2013

N-acetilcisteína (NAC): A droga maravilha

N-acetilcisteína é um aminoácido com uma surpreendente capacidade de reconstituir glutationa esgotada no interior das células do organismo. A glutationa é o principal antioxidante produzido no interior do corpo, e é exigido por praticamente todas as células de modo a ser viável e funcionam correctamente. Também é essencial para evitar que o corpo se torne sobrecarregado por toxinas e infecções, desempenha um papel importante nos sistemas imunológico e metabólico, e é responsável por muitas reacções bioquímicas no corpo.
Muitas coisas podem causar uma depleção de glutationa, incluindo o uso regular de paracetamol, mas glutationa não pode ser tomado como um suplemento (isto não é bem absorvido pelo intestino). Por esta razão, os médicos em vez de transformar a NAC, um precursor da glutationa, a fim de aumentar os níveis, surpreendentemente rápida e eficazmente. NAC, ou N-acetilcisteína, também podem ser comprados over-the-counter sem receita médica.
NAC e Venenos: ajudar o fígado
NAC fornece o fígado, com a cisteína necessária para o processo de desintoxicação. Seu papel crucial aqui significa que ele tornou-se o tratamento de primeira linha para o envenenamento, especialmente em casos de envenenamento por acetaminofeno (paracetamol), que causa danos ao fígado, e envenenamento por metais pesados.
Em qualquer situação de infecção crónica, especialmente onde as bactérias intestinais tornaram-se desequilibrado, toxinas bacterianas podem sobrecarregar o fígado, que é forçado a usar quantidades cada vez maiores de cisteína, numa tentativa de desintoxicar o corpo. NAC fornece o fígado com este aminoácido essencial.
Combate a infecções e vírus com NAC
NAC foi mostrado para prevenir a infecção por bactérias, cuja superfície da membrana é mantida unida por ligações dissulfureto, tais como Chlamydiae (1). Ele funciona de uma forma semelhante à penicilamina na redução destes títulos e inactivar os esporos bacterianos. Este mecanismo também permite reduzir drasticamente os níveis elevados de homocisteína (4), o qual está implicado na doença cardíaca.
Antes de hospitais tinham a capacidade de oferecer aos pacientes com glutationa inalado, eles comumente usado NAC para tratar doença pulmonar crônica. Foram administradas doses de 600 mg por dia só foram encontrados para reduzir a reincidência de bronquite crónica, aumentar a produção de muco e as bactérias benéficas claras a partir dos pulmões (2).
NAC é também eficaz no tratamento de infecções virais. Uma vez que não é conhecido por ter uma acção anti-viral, a sua eficácia no tratamento de infecções virais, especialmente na prevenção do desenvolvimento de lesões pulmonares durante infecções por vírus influenza (3), foi atribuída ao seu efeito anti-oxidante forte. NAC é extraordinária a ajudar a prevenir o stress oxidativo, em que o cérebro é particularmente vulnerável, devido ao seu elevado consumo de oxigénio, o seu enriquecimento em ácidos gordos que estão sujeitas a oxidação, e os baixos níveis de defesas antioxidantes. (7) Um recente artigo no Jornal de notas auto-imunes doenças que, por radicais superóxido limpeza, metalotioneína e outros antioxidantes, como a cisteína, N-acetilcisteína neuroproteção oferta e glutationa (8).
Condições auto-imunes e NAC
NAC tem benefícios extraordinários para pessoas com doença de Hashimoto. Demonstrou-se a modular a resposta imune, tornando as células mais resistentes às citocinas que causam reacções inflamatórias. Em um estudo duplo-cego escandinavo, a NAC foi encontrada para diminuir os sintomas de uma doença inflamatória auto-imune conhecida como Síndrome de Sjogren.
Outro estados de estudo: A capacidade de NAC para inibir a indução de citocinas pró-inflamatórias e inibem a transmigração de células inflamatórias para o SNC de EAE induzida por ratos identifica-lo como uma droga potencial para o tratamento de doenças e, possivelmente, outros neuroinflamatórias Th1 mediadas por doenças auto-imunes . (8)
Um outro estudo investigar a eficácia da NAC contra a esclerose múltipla descobriu que NAC reduziu macrófagos e monócitos no mesmo grau como lovastatina e citocinas inflamatórias foram inibidas no SNC (6).
Distúrbios N-acetilcisteína e Mental
NAC foi mostrado para diminuir o desejo de cocaína, tabagismo, compulsivo de roer as unhas e puxar o cabelo, e até mesmo ajudar a controlar a depressão bipolar. Leia mais aqui.
Leia mais sobre o NAC

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Taurina ajuda a retardar a degeneração de neurônios
 
Promessa no combate à doenca de Alzheimer
Uma substância comum, presente de forma natural no cérebro humano, pode se transformar em heroína no controle da evolução da doenca de Alzheimer. Um estudo iniciado em 2003 por cientistas da UFRJ descobriu que a taurina, famosa componente de bebidas energéticas, ajudou a retardar a degeneração de neurônios de rato mantidos em cultura. O próximo passo, agora, é confirmar a eficiência desta substância em humanos.

"Há cinco anos, iniciamos um modelo experimental de toxicidade de neurônios. Trabalhávamos com uma agressão a eles, promovida pelo peptídeo beta-amilóide. Trata-se de uma pequena proteína, que hoje sabemos ser a maior vilã na doença de Alzheimer", explica
Sérgio Ferreira, professor titular do Laboratório de Doenças Neurodegenerativas do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ (LDN) e coordenador da pesquisa. Esta substância está presente em todos os cérebros saudáveis, mas em quantidades controladas. Quando os níveis dela sobem, os neurônios sofrem disfunções. “Em um primeiro momento, há a degeneração das sinapses, que fazem a comunicação entre os neurônios. Isso leva a uma diminuição da memória, atenção e capacidade de aprendizado, para citar alguns exemplos. Em um momento mais tardio, o peptídeo continua o ataque aos neurônios, podendo causar até mesmo a morte deles”, continua o professor.

Ação da taurina
Junto com outros grupos de estudo no exterior, estes pesquisadores descobriram que a morte provocada pelo peptídeo beta-amilóide envolvia um aminoácido chamado glutamato. Esse é o principal neurotransmissor excitatório do cérebro humano. Fazendo uma analogia, significa que quando os neurônios recebem uma carga desta substância, eles “acordam” e vão “trabalhar”. “Entretanto, o excesso de glutamato passa a ser tóxico. Esta substância é liberada pelos neurônios em resposta ao beta-amilóide, excitando os neurônios em excesso e provocando sua degeneração. Queríamos, então, encontrar uma substância que pudesse controlar estes efeitos negativos. Nossos alunos testaram várias hipóteses e, finalmente, descobriram a taurina”, esclarece Sérgio.

Esta é uma pequena molécula normalmente presente no nosso cérebro e adquirida pela dieta (peixes e aves são ricos em taurina). Existem alguns estudos mostrando que os níveis desta substância caem com a idade, em indivíduos saudáveis, mas também naqueles que sofrem com o mal de Alzheimer. “Talvez essa taurina possa oferecer uma proteção fisiológica que diminui com a idade, favorecendo a ação tóxica do peptídeo beta-amilóide e prejudicando os neurônios”, explica o pesquisador.

Inúmeras drogas protegem neurônios contra vários tipos de agressões, de acordo com experimentos em laboratorio. A dificuldade é que nem sempre uma droga testada em laboratório pode funcionar em animais e humanos de forma eficiente. A vantagem da taurina é que, como se trata de uma substância presente normalmente em nosso cérebro, pode ser testada de forma direta em humanos. “Queremos fazer os testes com animais ainda assim, para avaliar a reação do cérebro deles à substância”, esclarece Sérgio.

Testes
Futuramente, serão realizados testes em idosos saudáveis, mas que apresentem queixas de falta de memória. “Vamos avaliar se a taurina exercerá algum efeito benéfico no cérebro destes voluntários. Se tudo der certo, em um segundo momento podemos partir para testes com portadores de Alzheimer”, afirma Sérgio. Um possível resultado positivo nestes experimentos não significa a cura desta doença, afinal a beta-amilóide não será diretamente atacada, mas apenas o glutamato. A maior conquista, nesse caso, será a diminuição da evolução da doença e o aumento da qualidade de vida do paciente. A média de sobrevida de portadores da doença de Alzheimer, do momento do diagnóstico até o óbito, é de oito a dez anos. “Nesse tempo, a perda das capacidades do cérebro é muito rápida. Um mecanismo que pudesse retardar este processo, então, se revelaria de grande valor”, continua.

Chegada às prateleiras
Quando se fala sobre a possível comercialização de um medicamento composto por taurina, deve-se pensar em alguns problemas. “Se tudo der certo, concluiremos a primeira bateria de testes com pacientes em dois anos. A partir daí, é possível que estes resultados levem a outras questões que necessitem ser analisadas também. Um problema relevante é que a taurina não é um composto patenteável, por não se tratar de uma droga nova. Estamos propondo um uso para uma doença específica. Caso alguma empresa farmacêutica se interesse por produzir cápsulas de taurina, ela vai enfrentar uma concorrência feroz, pois todos poderão produzir o mesmo medicamento”, pondera o professor.

Pode ser que, no futuro, esta questão exija uma intervenção governamental que regule a distribuição destes medicamentos. Porém, uma futura aplicação terapêutica da taurina depende dos resultados positivos de testes com humanos, o que levará no mínimo dois anos. Portanto, ainda não se pode afirmar com categoria que a taurina representa uma salvação para os portadores desta doença tão severa.